Esse assunto é bastante extenso, mas vou destacar algumas doenças que podem acometer as unhas e que podem ser um reflexo de uma doença local ou sistêmica.
Queda completa das unhas que chamamos de Onicomadese, caracterizada pela queda do corpo da unha , decorrente da separação proximal da unha, doenças bolhosas, paroníquea (inflamação dos tecidos que circundam as unhas),dermatoses generalizadas, pequenas lesões na matriz, enfermidades sistêmicas e traumatismo são as causas mais frequentes.
Onicolise separação distal e ou lateral do corpo da unha, do leito ungueal. Estas áreas de separação apresentam cor esbranquiçada ou amarelada, por causa da presença de ar abaixo da unha e tambem pelo acúmulo de detritos. A causa pode ser local ou sistêmica, como insificiência vascular, doença de Raynaud, Lúpus eritematoso, hipo e hipertireoidismo, anemia por deficiência de ferro, neuropatia períférica , Câncer do pulmão.
Causas locais, químicas, físicas, traumáticas, dermatoses e cosméticos.
O espessamento ou hipertrofia da unha Onicocauxia/hiperceratose, caracterizado por um espessamento isolado, um acúmulo de tecido hiperqueratósico embaixo da unha, nas zonas do hiponiqueo e sobre a base da unha.
Nas unhas dos pés, as causas principais são os sapatos apertados ou posição incorreta dos dedos, devido a alguma deformidade. As unhas tornam-se mais espessas, seu formato adota um aspecto de garra. O leito apresenta uma maior quantidade de queratina e o traumatismo continuo do sapato faz com que a lesão se torne progressiva, devido à alteração vascular há uma descoloração amarelada das unhas associada a essa podopatia. As causas mais frequêntes são a psoriase, eczema, traumatismos, onicomicoses, a negligência no corte da unha, hipertireoidismo.
Manchas esbranquiçadas de até 3 mm de diâmetro conhecida como Leuconíquea puntiforme, atribuida a traumas menores da matriz, por ex. manicure. Há tambem a Leuconíquea não verdadeira ou Unhas de Terry, aparecem devido às alterações do leito, responsável pelo aspecto esbranquiçado da unha. Pode ser um sinal não muito específico de anemia, cirrose, diabetes mellitus, insuficiência cardíaca, edema ou comprometimento vascular.
Cabe ao podólogo quando diante de quadros que possam sugerir problemas sistêmicos, orientar, encaminhar o cliente a consultar-se com profissionais específicos, para esclarecimentos e tratamentos adequados.
